GECY CANDIDA DA SILVA
( Brasil – São Paulo )
Natural de Cachoeira Paulista/SP, reside no Rio de Janeiro, há 35 anos.
Cursou: Ciências Jurídicas (5 anos) na Universidade Gama Filho; faz atualização na Escola Superior de Advocacia/ 2ª. Seção RJ/OAB; Roteirista (cinema, teatro e tv) pela Faculdade Cândido Mendes; cursou, também, ADESG-RJ e Escola da Presidência da República, em Brasília/DF.
Dedica parte de sua obra à despoluição de águas, especialmente as do Rio Paraíba do Sul.
Filiada à APALA (Acadêmica no. 6), AJEB, APPERJ, participante de muitas antologias e/ou coletâneas, prêmios diversos (Logos Editora, Del´Secchi, editoras: Valença e Literis, etc.
Várias obras publicadas pela Academia de Letas Panapuã e Petropolitana Raul de Leoni.
OFICINA – caderno de poesia 29. Rio de Janeiro: OFICINA Editores, 2001. 108 p. Ex. bibl. Antonio Miranda
PRISIONEIRA
Os mares que circundam minha alma,
são os nãos que a vida me ditou,
ora a saudade enovelando a calma;
trazendo a mágoa que você deixou.
A minha essência para o céu voou,
buscando imolar a solidão,
engastada no espaço ficou,
nadou solteira na separação.
Posso correr para qualquer lugar,
não passo de ilha prisioneira
desesperada por fazer-se amar.
Seja no céu, na terra ou no mar,
planto carinho, sou a sementeira
na ilha em mar de pranto a esperar.
GECY CÂNDIDA DA SILVA
( BRASIL – SÃO PAULO )
Natural de Cachoeira Paulista- São Paulo. 71 anos (em 1998).
Advogada (UGF), participante de várias antologias.
OFICINA 26 – ANO 13 - Editor: Sérgio Gerônimo. Rio de Janeiro – RJ: Cadernos de Poesia, 1998.
Ex. doado pelo livreiro BRITO – Brasília -DF.
POSSO TUDO PORQUE SOU POETA
Se a chuva demorar para cair
e seu tardar ceifar a plantação,
entrego a DEUS nova estação
e as sementes que irão florir.
Semelhantes com modos de agir
ofensivos, sem dar explicação...
não chegam a turvar o meu verão.
Levo a vida sempre a sorrir.
Fantasiando até a incerteza
“vivo a mesa”, espanto a tristeza.
Sou capaz de manter a alegria.
Nas pedras desbasto a aspereza,
a dúvida transformo em certeza,
Porque sereno escrevo poesia.
RECOMEÇO
Sem palavras de carinho, amor
fenece no jardim das emoções
a seiva que nutre corações,
as ilusões s´esvão de flor em flor.
Silêncio excitando o desamor,
palavradas destoando canções,
tornam que vê em várias dimensões:
titubeante e cego viajor.
Às vezes, pra viver rola-se a vida...
Na ânsia d´olvidar a despedida,
apaga-se na agenda um endereço.
Tal desventura pode ser vencida,
sendo na estrada d´esquecer erguida
— com DEUS — a fé num ver recomeço.
PÉRGULA LITERÁRIA VI. 6º. Concurso Nacional de Poesias “Poeta Nuno Álvaro Pereira.” Valença: Editora Valença, 2004. 202 p.
Ex. biblioteca de Antonio Miranda
Rio Paraíba do Sul – Foto: google.com
ODE À VIDA
— dedicada ao Rio Paraíba do Sul
Resolveram extinguir as queimadas.
Impediram de poluir os rios
decidiram ver margens replantadas
e nunca mais temeu-se os estios.
As aves revoando na amplidão,
pareciam crianças desfilando
nos ares, expulsando a solidão,
coloriam andanças saltitando.
Sendo água toda despoluída,
enverdeceram sebes... e florestas.
Enalteceram ser bom e varonil.
Pra natureza... numa ode à vida
florir na terra engalanadas festas,
Deus refletiu nas água um céu de anil.
ANTOLOGIA DEL SECCHI, 2005 Volume XV, Rio de Janeiro: 328 p. 14 x 21 cm ISBN 85-8649-14-3 No. 10 231
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda, doação do amigo (livreiro) Brito,
Brasília, novembro de 2024.
OS RIOS
Dedico este soneto ao Comunicador Cal Gonçalves Junior, um dos maiores defensores da natureza e meu “neto”.
(Precisamos proteger os rios, indispensáveis à vida humana.)
Foram caminhos para os bandeirantes.
Além de matar a sede dos heróis
evitavam de tornaram-se errantes
quando serviam a Pátria e aos reinóis.
Hoje querem seguir com dignidade
mas vem aos seus leitos a poluição
que os incautos criam sem piedade
sem respeito até a Constituição.
As suas águas tranquilas e serenas
Deus criou... mandou seguir pro mar
decorando, paisagem enfeitando.
Seguem dando temperaturas amenas,
passando por entre árvores de pomar
doando peixes... a vida alimentando.
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